29/11/2007

Museu nacional de cinema de Turim





Na semana passada, mais propriamente no Domingo, estava eu muito desacansadinha a almoçar quando surgiu no Jornal da Uma da RTP1 uma reportagem sobre o Museu nacional do Cinema em Turim. Fiquei muito curiosa e para satisfazer a minha curiosidade decidi ir pesquisar um pouco mais sobre este lugar. Isto foi o que eu encontrei:
O museu está localizado desde Julho de 2000 em Turim, no interior da “Mole Antoneliana” que é precisamente um símbolo histórico desta cidade italiana pelos seus 167 metros de altura, concluídos em 1897, quando ganhou o título de edifício mais alto do mundo e que seria inicialmente uma sinagoga. Este é um museu que resistiu ao tempo, porque grande parte das indústrias de cinema existentes em Turim acabaram por deslocar-se para outras partes da Itália, sobrando, na minha opinião, aquele que pode ser o edíficio com mais interesse em termos históricos, abrangendo igualmente todas as outras indústrias que se deslocaram.
Devido ao local onde está, distribuído na vertical por vários andares do “Mole Antoneliana”, é possível ter-se uma panorâmica da cidade que faz fronteira com a França.
Entre outras coisas existentes no museu é possível destacar a arqueologia do cinema, a evolução do homem na captação e representação de imagens, as primeiras formas e máquinas de projecção, uma “viagem educacional” dedicada às várias fases de montagem de um filme, o progresso da imagem desde o surgimento da mesma, o templo do tempo, etc. Este último exemplo marca a união de toda a sétima arte com a existência de vários espaços, cada um dedicado a um género de cinema (amor, terror, drama, ficção cientifica, etc).
Como eu já tinha referido, também não falta uma grade variedade de cartazes, peças de cenografia, um corpete e os sapatos de Marylin Monroe, fotos, biblioteca do cinema, bookshop, e muito mais.
Viajando pelo museu é possível destacar numa primeira sala, os materiais ópticos utilizados em projecções de slide que deram origem ao cinema mudo. De seguida, é apresentada outra sala com as técnicas primitivas utilizadas no cinema antigo podendo qualquer pessoa participar com a própria imagem projectada utilizando estas técnicas. Para além das técnicas é possível encontrar-se igualmente alguns instrumentos de trabalhos.
É a seguir a estas salas que se encontram expostos os cartazes e as fotografias e tudo isto acaba numa área onde os cenários revelam uma sequência cronológica que dá a perfeita noção da história e processo evolutivo do cinema.
A sala mais confortável de todas é aquela que tem dezenas de poltronas para se assistir aos clássicos. Este não é um simples anfiteatro de cinema, é uma sala que representa a majestade e a grandeza da sétima arte. Há um vão de 150/160 metros do chão até à cúpula e nessa cúpula são muitas vezes projectados alguns filmes, porventura para lhes dar mais profundidade e interesse.
Como um filme não é só feito de imagem, porque já lá vão os tempos do cinema mudo, é também apresentada na mesma sala um sistema de som muito avançado. Cada poltrona tem uma coluna de cada lado, de modo a que quem estiver sentado tenha qualidade em tudo o que ouve, sem incomodar o parceiro do lado, uma vez que o som é projectado directamente para os ouvidos de quem está sentado na poltrona.
E como não se devem deixar de lado os artistas italianos, uma vez que este museu fica em Itália, o corredor que sai deste grandioso salão acaba por ser composto por muitos cartazes que promovem os filmes, os artistas, os realizadores, etc, italianos.
Para finalizar em grande estilo uma viagem neste museu nacional do cinema de Turim, é necessário voltar atrás, apanhar o elevador que fica no centro do anfiteatro e “voar” até ao cimo da cúpula, podendo obter-se uma panorâmica da cidade e uma paisagem fenomenais
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É certamente lindissimo mas espero eu ter uma oportunidade de o ver qualquer dia, ao vivo.
Adeus e até uma próxima:)

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